Estádio tem sido utilizado para o futebol americano. Gama estreia em julho na Série D e não gosta
O clima é de Fla x Flu. Embora disputem de modalidades diferentes, o confronto está armado e a desejada taça é o Estádio Valmir Campelo Bezerra, o Bezerrão. De um lado, o futebol, mais especificamente o Gama, campeão candango. Do outro, equipes de futebol americano da cidade, esporte que ganha visibilidade a passos largos.
O Alviverde, que utiliza o estádio como mando de campo há décadas, está a menos de um mês para o jogo de estreia na Série D do Campeonato Brasileiro, contra o Botafogo-SP, em 12 de julho, no estádio.
A situação do campo preocupa: “Essa questão da utilização para o futebol americano tem incomodado bastante a diretoria do time”, afirma o técnico do Gama, Gilson Granzotto.
“O gramado está bem feio. E o Gama é um time que foi campeão, um time técnico, que precisa de um bom gramado. O atleta tem que tentar dar o seu máximo em um campo ruim”, avalia.
Os times de futebol americano, por sua vez, disputam o Campeonato Brasiliense . Em franca expansão, os representantes do esporte comemoram o fato de terem um lugar adequado para sediar as partidas e o sucesso de público no Bezerrão.
“O Bezerrão é o melhor estádio que já jogamos em Brasília. Temos o apoio da Secretaria do Esporte e da Administração do Gama. E a margem de público é ótima”, destaca Márcio Reis Junior, presidente da Federação Brasiliense de Futebol Americano.
Além disso, Márcio assegura que o futebol americano não causa mais danos ao gramado do que o futebol tradicional. “Isso é um mito de quem não conhece o esporte”, frisa.
Ele admite, no entanto, que a pintura de campo é diferente, mas argumenta que a tinta é à base d’água e sai facilmente.
A Administração do Gama afirma que não houve reclamação formal das partes. A expectativa é de que o espaço continue sendo dividido.