Flávia Peres Arruda, ex-primeira-dama do DF.
Seu nome aparece como possível candidata ao GDF, caso Arruda fique impedido de concorrer. Estaria disposta a assumir a chapa, se fosse necessário?
Aqui em casa, a política é exercida unicamente pelo Zé Roberto e por mais ninguém. Eu o apoio, dou minhas opiniões. Mas ele é o político, é a referência, é o líder. E falo mais, só quem não o conhece pode imaginar que ele desistiria dessa candidatura.
Se não for você, a quem Arruda delegaria essa missão?
Eu acho que ninguém é mais preparado para esse cargo do que ele. Como confio na Justiça e acredito que vamos vencer essa batalha, a missão não precisa ser passada a ninguém.
Arruda é líder nas pesquisas e tem chance até de vencer no primeiro turno, se permanecer na disputa. Depois de tudo o que houve com ele entre 2009 e 2010, essa recuperação com parte da opinião pública já significa uma vitória pessoal para ele? …
Acho que é o reconhecimento da população ao excelente governo que ele fez.
Acredita que o Supremo vai derrubar a decisão do TSE sobre o registro do Arruda?
Sim. Como estudante de direito, não acho comum se dar interpretações diferentes à mesma lei. A lei tem que valer igualmente para todos. O mesmo direito que outros tiveram deve ser garantido a ele.
Arruda errou ao ir à casa de Eri Varela, um inimigo de outras campanhas?
Sim, errou e errou feio. Eu não queria nem falar nisso. Zé Roberto é um agregador, age com boa-fé. Mas eu acho que pessoas como essa não merecem sequer o nosso respeito.
Arruda afirma que o diálogo com Eri Varela foi normal, mas você acha que repercussão atrapalhou o resultado no TSE?
Acho que a conversa foi normal, sim, não tem nada demais.
Ao lado do Arruda, você tem vivido altos e baixos na vida pública.
Como você enfrenta isso?
Enfrento de cabeça erguida por acreditar e confiar no meu marido. Confesso que nem sempre é fácil. Acaba envolvendo toda a família, que sofre junto. Mas a verdade é que o que realmente importa, é a nossa família, nosso dia a dia, nosso convívio. E isso não muda, independentemente da circunstância política.
Qual conselho você costuma dar a ele?
(risos) Tem um que eu repito mil vezes por dia: pense bem antes de agir, respire, reflita, não faça as coisas por ímpeto. Também falo muito que ele confie mais em Deus e menos nas pessoas. Quando ele ler isso, vai ficar com vontade de rir de tanto que eu falo pra ele.